Na última terça-feira (28/5), a Comissão
de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou, por unanimidade, o
parecer do relator José Pimentel ao Plano Nacional de Educação (PLC nº
103/12). A matéria estava na CAE desde outubro de 2012, e agora seguirá
para as comissões de Constituição e Justiça e de Educação, Cultura e
Esportes, antes de ser apreciada pelo plenário do Senado.
A aprovação do PNE, na CAE, também é consequência da pressão dos
atores sociais, especialmente daqueles envolvidos na 14ª Semana Nacional
em Defesa e Promoção da Educação Pública, promovida pela CNTE, que
foram recebidos pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados no
dia 24 de abril. À época, o senador Renan Calheiros e o deputado
Henrique Eduardo se comprometeram em agilizar a tramitação do PNE, e a
sociedade espera ver a matéria concluída, com suas principais
reivindicações incorporadas, até o final do ano nas duas casas
legislativas.
Sobre o conteúdo do substitutivo da CAE, embora o mesmo ainda não
tenha sido disponibilizado até o fechamento da matéria, verificou-se na
votação que o relator optou em manter a meta intermediária de
financiamento do PNE, devendo o investimento público em educação
alcançar o percentual mínimo de 7% no meio da vigência do Plano e 10%,
também no mínimo, até o fim da década. Por outro lado, um acordo
envolvendo o MEC e o Parlamento prevê computar parte dos investimentos
públicos para programas do Governo, a exemplo do Prouni, que desonera
impostos, do Pronatec e do Ciência sem Fronteiras, que funcionam em
parceria com a rede privada através de concessão de bolsas de estudos.
De acordo com a Secretária Geral da CNTE, Marta Vanelli, que esteve
presente à votação na CAE, a luta da Confederação e dos parceiros
educacionais é pela destinação das verbas públicas para a escola
pública, e a CNTE voltará a defender sua bandeira nas comissões que
ainda faltam analisar o PNE.
Outro ponto polêmico do parecer da CAE refere-se à ausência de
implantação do Custo Aluno Qualidade (CAQ), no prazo previsto no texto
da Câmara dos Deputados (2 anos). O Governo e parte do Congresso
consideram que o CAQ precede de mecanismos que garantam seu
financiamento à luz de um regime de cooperação pautado pelo Sistema
Nacional de Educação. Neste sentido, a CNTE pretende discutir com a
Campanha Nacional pelo Direito à Educação uma estratégia que assegure o
envio de projeto de lei do Executivo ao Congresso, até o fim do primeiro
ano de vigência do Plano Decenal. Até lá, a Conae já terá ratificado
sua posição sobre o assunto, que deverá ser absorvida pelo referido
projeto do Poder Executivo.
A CNTE aguarda, nesse momento, a publicação do substitutivo aprovado
na CAE-Senado para emitir opinião mais precisa sobre os temas abordados
pela Comissão.
A luta continua!
Fonte: CNTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário