Recentemente os profissionais em
educação de Várzea Nova foram comunicados pelos diretores escolares e suas
equipes de trabalho que o calendário escolar sofreria mudanças ao final do ano
letivo, mudanças que antecipam períodos de avaliações e resultados finais.
Ficam algumas perguntas que precisam de respostas: Qual (is) o (s) principal
(is) objetivo (s) da antecipação? Quem serão os beneficiados e prejudicados? A
antecipação foi planejada ou faltou planejamento? Pois é, diante desses
questionamentos cabe-nos refletir sobre alguns aspectos que a situação nos
coloca.
Durante o ano letivo de 2014
assistimos a imprensa regional rasgar o verbo diante das paralisações e greves
dos profissionais da educação, chegando a acusar os professores e demais
profissionais de preguiçosos e irresponsáveis, em Várzea Nova cumprimos dois
dias de uma paralisação nacional em prol de nossos direitos adquiridos e
negados no decorrer dos anos. Não tenho ouvido as mesmas cobranças diante da
prática de antecipar calendário letivo, prática ilegal que acaba ferindo o
direito dos alunos de ter garantidos os duzentos dias letivos a cada ano de
ensino.
As aulas que deveriam ir até o dia 16 de
dezembro com estudos de recuperação e avaliação final entre 17 e
23 de dezembro terão sua finalização no dia 28 de novembro, com
estudos de recuperação até o dia 05 de dezembro e Conselho de Classe Final no
dia 17
de dezembro. São muitos números, mas o que de fato importa é que o ano
letivo foi antecipado em aproximadamente 15 dias, se levarmos em consideração
que entre os dias 08 e 12 de dezembro acontecerão os Jogos Estudantis o
prejuízo é ainda maior para os estudantes.
Além disso, o ano letivo também foi
vítima da paixão pelo futebol durante a Copa do Mundo de futebol e das eleições
durante o mês de outubro, nesses períodos os pontos facultativos se tornaram
comuns e encurtaram ainda mais os dias letivos.
Tenho ouvido muitas cobranças a
respeito dos profissionais que não cumprem seus horários de trabalho e
prejudicam suas escolas nos diferentes horários, sou totalmente contra esse
tipo de atitude, porém, como pode haver uma cobrança por parte dos órgãos públicos
se eles próprios não cumprem seus planejamentos?
Sendo assim, finge-se que a
educação vai bem, alguns fingem que educam e os alunos fingem que aprendem.
Professor Gedeão Fraga de Morais
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