quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

V. NOVA: E NOSSA EDUCAÇÃO, COMO ESTÁ?

E NOSSA EDUCAÇÃO, COMO ESTÁ?

Há cerca de dois anos realizamos uma análise da situação em que nossa educação se encontrava e como resultado, propomos que os candidatos a prefeito para o quadriênio 2013-2016 assinassem uma Carta Compromisso com a nossa categoria. O documento foi assinado por ambos e cabe a nós, principais interessados e preocupados com nossa educação, fazer um balanço depois de percorrermos aproximadamente metade do caminho.
A verdade é que o “compromisso” não tem sido cumprido, levando em consideração que são quatorze pontos que deveriam nortear as políticas públicas para a educação nesses quatro anos e que em pouquíssimos houve algum tipo de avanço, significa que continuamos a mercê da chamada “prioridade para a educação”. Os pontos da carta não abrangem tudo o que pensamos ou necessitamos para avançar, até mesmo porque nesse período novas demandas surgiram, estamos agora debatendo o nosso PNE e suas vinte metas, relacionados com nossas realidades, dessa forma, avançar é urgente e necessário para nos adequar aos novos tempos.
E nesse novo tempo, quais motivos nos impedem de avançar? Enquanto se propaga que somos economicistas, devemos sim trabalhar com amor, mas por um salário digno, e não apenas por amor como muitos o fizeram, estamos há muitos anos sem uma formação continuada para os nossos professores, salve as oferecidas pelo governo federal. Enquanto assistimos a queda brusca de alunos e a falência do nosso turno noturno, as nossas escolas continuam com estruturas obsoletas, quando “são” reformadas não mudam muito.
A respeito da queda no número de alunos cabe uma análise mais aguçada e um debate mais aprofundado, até mesmo por que à medida que o número de alunos foi caindo os valores recebidos através do fundo que mantêm a nossa educação básica foram aumentando. Em 2011 recebemos através do Fundeb o equivalente a R$ 5.652.396,86, em 2012 R$ 5.728.324,79, em 2013 R$ 5.907.352,00, em 2014 R$ 6.613.064,12 e para esse ano a previsão é de receber 7.501.472,06. Então cabe a nós refletirmos se o que falta é recurso ou um planejamento verdadeiramente sério em busca de melhorar a nossa educação? Enquanto nossas escolas públicas perdem alunos pelos mais variados motivos as escolas privadas avançam nesse quesito.
A situação se agrava se levarmos em consideração a defasagem de nossas leis, a inoperância dos conselhos de controle social, mesmo sabendo que alguns membros se esforçam na busca pelo acompanhamento, a ausência de meritocracia, já que professor que estuda e se capacita por conta própria não recebe nenhum incentivo em sua carreira, a ausência da família no acompanhamento de seus filhos na escola, a violência contra profissionais da educação, o estado doentio em que muitos de nós nos encontramos diante desse quadro, entre outras situações que tornam nossa profissão de educadores cada vez mais difícil, e não estamos falando apenas de professores, e sim de todos os profissionais das nossas escolas.
Avançamos quando reduzimos a carga horária dos docentes e coordenadores e passou-se a cumprir a lei do piso em sua totalidade em 2014, quando o município em parceria com os governos estadual e federal aderiu a programas de atendimento a alunos e profissionais das séries iniciais e demais profissionais ligados à educação, mas é muito pouco diante da nova educação que se deseja alcançar, precisamos tratar a nossa educação de fato como prioridade ou estaremos fadados ao fracasso.
Nesse início de ano nos deparamos com outro retrocesso que é a não continuidade da concessão da licença de um de nossos servidores para exercer o mandato classista, retrocesso em não reconhecer o trabalho de uma entidade de classe na busca de novos horizontes para a nossa educação e do papel dos que estão à sua frente, resultado de um processo político que envolve cabeças pequenas diante da grandiosidade do mundo à sua volta.
Mas, voltando a nossa pergunta, como está nossa educação? A essa pergunta cabe a cada um de nós respondermos e analisarmos. Não podemos perder de vista que fazemos parte desse projeto, que devemos fazer nosso papel, nos autoavaliar e termos consciência que o que nos une é o amor pela nossa profissão, ou seja, com e por amor.
A coordenação






























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