Aloizio Mercadante afirmou em fórum
que MEC vai lançar programa para dar “tratamento diferenciado” ao
estudante que seguir magistério. Valor da bolsa poderá ser de R$ 400
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, adiantou na noite desta terça-feira (14) mais detalhes de um
programa que o governo federal deve lançar nas próximas semanas para
ajudar estudantes que quiserem seguir carreira de professor ou serem
cientistas no Brasil. Em discurso na abertura do 14º Fórum dos Dirigentes Municipais de Educação,
que acontece entre os dias 14 e 17 de abril, em Mata de São João, na
Bahia, Mercadante afirmou que estudantes que mostrarem interesse em
fazer o magistério nas áreas de matemática, química, física e biologia
vão receber “uma bolsa” já no início do ensino médio.
“Agora um dos programas que vamos
lançar: Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor. Se ele (estudante)
quiser ser professor ou se ele quiser fazer ciência nas áreas de
matemática, química, física e biologia, nós vamos começar a dar bolsa de
estudo desde o primeiro ano do ensino médio. Quer ser professor? Vai
ter tratamento diferenciado. Quer ser cientista? Vai ter tratamento
diferenciado”, disse.
O ministro não especificou qual será o
valor da bolsa nem quais serão os critérios de seleção, mas disse que o
recurso virá do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
(PiBid), que dá R$ 400 para estudantes de licenciatura. A assessoria de
imprensa do MEC não confirmou, no entanto, se o valor será o mesmo.
“Nós vamos pegar a bolsa do PiBid.
Tínhamos 45 mil e estamos indo para 75 mil. Vamos pegar uma parte dessas
bolasas nessas áreas porque as matrículas não estão aumentando.
Engenharia passou direito, mas matemática, química, física e biologia
continuam abaixo. Vamos pegar o jovem no primeiro ano. Por exemplo,
aluno da olimpíada da matemática. Eles só recebem bolsa quando entram na
universidade. O que nós vamos fazer com ele? Mais matemática. Vamos dar
uma bolsa para ele começar a estudar mais matemática e ciências,
levando ele para laboratórios, ver cientista dar palestra e motivando
para ir para essas área de ciências exatas. Começar a formar esse jovem.
Quero Ser Professor, Quero Ser Cientista”, repetiu o que deve ser o
nome do programa.
PIB X royalties
Mercadante falou novamente sobre o
investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Isso
porque ele manifestou apoio ao parecer apresentado pelo senador José
Pimentel (PT-CE) sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), na Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Pimentel altera a redação
aprovada na Câmara dos Deputados e registra “investimento público em
educação”, não especificando assim que o investimento ocorra apenas na
educação pública.
É que governo federal trava batalha
contra a inclusão da meta no PNE. A gestão petista aceita disponibilizar
até 8% dos recursos do PIB para a área, mas diz que não há verba para
aumentar o repasse para 10%. O plano estabelece 10 diretrizes e 20 metas
a serem cumpridas pelo Poder Público em dez anos. O ministro procurou
relacionar a questão à aprovação da uma nova proposta do governo
determinando que todos os royalties do petróleo e recursos do pré-sal
sejam aplicados exclusivamente na educação.
Para ele, a proposta é “mais importante”
porque a fonte de receita é “real” enquanto que o uso de 10% do PIB
depende do orçamento da União. “Mais importante do que simplesmente
colocar uma meta do PIB, é vincular os royalties do petróleo que é fonte
real de receita. Por isso que é muito mais difícil aprovar. Os
parlamentares que colocaram o dedinho para aprovar os 10% do PIB para
educação têm que concordar com este repasse. Estamoos vencendo esse
debate”, disse.
Questionado se o repasse de verbas dos
royalties não resultaria em um montante menor que o repasse de 10% do
PIB, o ministro respondeu que os recursos do petróleo vão ajudar a
cumprir metas do PNE. “O projeto é 100% dos royalties e concessão para
financiar o PNE até que suas metas sejam alcanças. Por isso, a questão
dos royalties é uma questão duríssima. É isso que vai assegurar recurso
para educação. É mais estratégico e do que vincular o PIB”, justificou.
Autor: iG
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-14/quem-quiser-ser-professor-tera-bolsa-auxilio-desde-o-ensino-medio-diz-ministro.html
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