terça-feira, 17 de maio de 2016

VÁRZEA NOVA: SERVIDORES ESTADUAIS E COMUNIDADE PREPARAM MANIFESTAÇÃO



Na manhã dessa terça-feira (17/05) aconteceu na Escola Estadual Professora Adjaci uma importante reunião entre os profissionais de educação, alunos e pais, com o intuito de organizar ações no intuito de dar publicidade à situação difícil pela qual passa a escola. Desde o dia 04 de maio que as aulas foram paralisadas na instituição devido ao atraso no pagamento dos servidores de apoio da instituição. A seguir a cópia do ofício enviado pelo Colegiado Escolar à NRE (Núcleo Regional de Educação), que esclarece a atual situação.
Ofício nº 001/2016
Várzea Nova, 04 de Maio de 2016.
O Colegiado Escolar, órgão representativo dos segmentos que representam a comunidade escolar, vem por meio deste, externar o sentimento de indignação e preocupação com a atual situação que se encontra a nossa Unidade Escolar, tendo em vista que a mesma está com suas atividades docentes suspensas desde o dia 04 de maio e sem perspectiva de um retorno devido à falta de pagamento dos funcionários terceirizados que prestam serviços nesta Unidade Escolar pela Empresa SANDES Conservação e Serviços LTDA. Diante do exposto, toda a comunidade escolar sente-se prejudicada no que diz respeito a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, especialmente pelo comprometimento do Calendário Escolar 2016.
Externamos também, nossa solidariedade para com os funcionários que já estão há três meses sem recebimento salarial e há quatro meses sem vale alimentação, comprometendo assim a sustentação da família. Ressaltamos que mesmo diante da situação acima exposta, tais funcionários em momento algum deixaram de prestar seus serviços com qualidade e responsabilidade, aguardando até o final do primeiro bimestre para não prejudicar demasiadamente toda a comunidade escolar.
Acrescentamos a essa situação também nossa preocupação com os itens da Alimentação Escolar, pois se a paralisação se prolongar estes serão estragados e/ou terá o prazo de validade vencido.
Como demanda também desse órgão, solicitamos em caráter de urgência o encaminhamento dos uniformes, para que seja garantida a PORTARIA nº527/2012 que dispõe sobre o fardamento escolar. Somos sabedores que a ausência do uniforme acarreta transtornos não somente à direção da escola, mas a toda a comunidade escolar, interferindo negativamente na segurança de todos, inclusive alunos, dentro e fora do da escola. Ressaltamos ainda que a secretaria da escola está impossibilitada de alimentar o SGE com as fotos dos alunos por conta da ausência dos uniformes.
Para finalizar, esperamos que sejam tomadas as devidas providências, o mais rápido possível, para que possa retornar às atividades pedagógicas e garantir a qualidade do processo de formação dos alunos desta Instituição de Ensino.
Atenciosamente,
Representante Segmento Direção / Representantes Segmento Professores / Representantes Segmento Pais de Alunos / Representantes Segmento Alunos.

No início da reunião a gestora da Escola, professora Noelma Carneiro se emocionou ao relatar a situação, já que se chegou a um ponto insustentável, o que comprometeu o andamento das atividades normais, relatando que já entrou por diversas vezes em contato com os órgãos competentes, mas que a solução até o momento não chegou, e com isso os alunos já estão sem aulas há quatorze dias, sem previsão de retorno.
Profissionais, pais, alunos e entidades representadas definiram ao final da reunião que se torna necessário e urgente dar publicidade à situação através da imprensa e através de outros meios como a manifestação popular, definindo que na sexta-feira (20/05) partir das 08:30h acontecerá pelas ruas da cidade um manifesto pacífico para mostrar à sociedade a insatisfação com o descaso com que o governo estadual tem tratado o assunto, já que é de sua responsabilidade a gerência da educação no nível médio nas nossas cidades.
O modelo adotado de terceirização pune os trabalhadores e prejudica os alunos que ficam à mercê de empresas e órgãos que por motivos diversos deixam de cumprir seus compromissos. Enquanto o governo diz que já efetuou o repasse para as empresas, o que “solucionaria” o problema, os trabalhadores continuam sem receber já há três meses, ou seja, o pagamento ainda não chegou onde é de direito.
 A APLB local se colocou à disposição da comunidade escolar para apoiá-los no sentido de garantir que os alunos não continuem sendo prejudicados e que os profissionais possam ter seus direitos respeitados.










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